A variante delta do coronavírus, identificada pela primeira
vez na Índia, tem se tornado dominante em todo o mundo, disse nesta sexta-feira
(18) a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya
Swaminathan.
“A variante delta está prestes a se tornar a variante
dominante global por causa de sua maior transmissibilidade”, disse Swaminathan
em entrevista coletiva.
Uma variante é resultado de modificações genéticas que o
vírus sofre durante seu processo de replicação. Um único vírus pode ter inúmeras
variantes. Quanto mais ele circula (transmitido de uma pessoa para outra), mais
ele faz replicações – e maior é a probabilidade de ocorrência de modificações
no seu material genético.
Isso não significa que as vacinas disponíveis não protejam
contra esta variação do vírus Sars-Cov-2. No Reino Unido, onde ela já é
dominante, o Ministério da Saúde assegurou que as doses aplicadas conferem
proteção às infecções.
“É importante que as pessoas recebam ambas as doses da
vacina contra a Covid-19, porque dados nos mostram que ela pode proteger
efetivamente contra a variante delta”, disse o ministro Matt Hancock.
Variante delta no Brasil
Em 20 de maio, foram detectados os seis primeiros casos da
variante delta no Brasil. Seis pessoas que chegaram ao estado do Maranhão a
bordo do navio MV Shandong da Zhi carregavam o vírus.
Um dos doentes teve que ser levado de helicóptero para um
hospital.
Desde então, foram identificados outros dois casos: um em
Juiz de Fora (MG) e um em Campos (RJ).
Até agora, esses foram os oito casos da variante delta no
país.
Espalhada pelo mundo
Além dos britânicos, que confirmaram a predominância da
delta entre as infecções de seu território, as autoridades de saúde da Alemanha
e da Rússia acenderam seus alertas.
G1
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