Foto: Deputado Cristiano Silveira - Presidente do PT Minas |
Dirigentes do PT, PCdoB, PSB e PV
em Minas farão no dia 7 de fevereiro a primeira reunião para dar sequência, no
Estado, às conversas em torno da formação de uma federação partidária para
atuação conjunta pelos próximos quatro anos.
Na quarta-feira (26), os presidentes
nacionais das quatro siglas avançaram nas negociações e chegaram a um acordo
sobre a composição da possível federação. A ideia é que o colegiado tenha 50
integrantes, com representantes das quatro siglas que o compõem em número
proporcional ao tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados. Assim, o PT teria
27 lugares, o PSB ocuparia 15 postos e o PSB e o PCdoB, 4 cadeiras cada.
Para o presidente do PT em Minas,
o deputado estadual Cristiano Silveira, a federação em Minas tem tudo para
caminhar sem maiores dificuldades uma vez que as quatro siglas já possuem um
bom relacionamento no Estado. “Com o PCdoB sempre caminhamos juntos. O PSB,
inclusive, fomos aliados nas últimas eleições, e a mesma coisa o PV. Estivemos
muitas vezes juntos na construção das agendas Fora Bolsonaro”, disse o
deputado.
A reunião dos partidos ainda não
têm local e horário definidos, conforme o presidente estadual do PCdoB, Wadson
Ribeiro. Mas é certo que na pauta estará a construção do palanque da federação
em Minas.
Isso inclui, por exemplo, se a
federação vai lançar candidato próprio para o governo do Estado nas próximas
eleições ou se apoiará um nome de outra sigla. Nesse caso, o nome mais cogitado
tem sido o do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), um cenário considerado
como de interesse dos partidos da federação em função da oposição que Kalil faz
tanto ao governador Romeu Zema (Novo) como ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Toda candidatura contra
Bolsonaro tem chances, mas, se conseguirmos construir uma candidatura própria
para o governo e o Senado, isso seria o melhor desenho, até porque temos dois
turnos. De qualquer forma, é uma decisão ancorada no debate nacional em torno
da candidatura do Lula”, afirma Wadson Ribeiro, do PCdoB.
Para Silveira, qualquer decisão
passará pelo projeto nacional de eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva para um terceiro mandato. “Nossa prioridade é a eleição do Lula. Qualquer
decisão em relação às candidaturas no Estado passam por essa discussão”,
resume.
A federação partidária prevê, em linhas gerais, que duas ou mais legendas se unam durante o período eleitoral e mantenham a parceria por no mínimo quatro anos. Com isso, as siglas parceiras passam a ser tratadas como uma só. Precisam, por exemplo, estar juntas na disputa presidencial, em todas as candidaturas estaduais e também nas atuações na Câmara dos Deputados e no Senado.
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