Um guia do Ministério da Saúde
(MS) traz recomendações para a alimentação das crianças após o período de
amamentação. Entre elas, a principal é evitar o consumo de alimentos
ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinhos, achocolatados, etc. É
que a partir do segundo ano de vida, as crianças passam a ter mais
contato com o mundo externo e sofrem maior exposição à publicidade desse tipo
de produto, seja por meio da televisão, das mídias sociais, na escola ou na
convivência com outras crianças.
O material, chamado de Guia Alimentar para a População Brasileira, visa auxiliar
os pais na tarefa de estimular uma alimentação mais saudável para as crianças e
ressalta que a alimentação saudável é importante em todos os momentos da vida.
Segundo dados do Relatório
Público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, das crianças
acompanhadas na Atenção Primária à Saúde em 2020, 15,9% dos menores de 5 anos e
31,8% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso. Dessas, 7,4% e
15,8%, respectivamente, apresentavam obesidade, segundo o Índice de Massa
Corporal (IMC) para a idade.
Os bons hábitos de alimentação
devem começar a partir dos 6 meses, quando as crianças começam a ingerir outros
alimentos além do leite materno. De acordo com o guia, é importante os adultos
estimularem desde cedo as crianças a ingerirem alimentos in natura.
A partir dessa etapa, a
alimentação deve ser composta por comida de verdade, isto é, refeições feitas
com alimentos in natura ou minimamente processados, de diferentes grupos, como
feijões, cereais, raízes e tubérculos, frutas, legumes e verduras, além de
carnes.
Também é preciso evitar o consumo
de bebidas adoçadas, ou seja, refrigerantes, sucos de caixinha, sucos em pó,
refrescos, bebidas lácteas e achocolatados. O mesmo serve para lanches como
hambúrgueres já prontos, embutidos (linguiças, salsicha, presunto, mortadela e
salames), macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, biscoitos e guloseimas.
Exclusivo para gestantes
Outra lembrança importante do
guia é que antes dos dois anos é recomendado o aleitamento materno, que
proporciona todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê. O
leite materno de forma exclusiva para a criança até os seis meses de vida, sendo
desnecessária a oferta de qualquer outro tipo de alimento ou bebida, como
papinha, mingau, chás, suco e outros.
Além de ser importante para a
saúde do bebê, a amamentação também traz benefícios para a mulher, como a
redução do risco de desenvolver câncer de mama, ovário e endométrio. A
explicação é que, durante o período de aleitamento materno, as taxas de
determinados hormônios que favorecem o desenvolvimento desse tipo de doença
reduzem.
Em relação às gestantes, o guia
lembra que nessa fase, o consumo de água, alimentos in natura diversos e
minimamente processados são importantes para suprir a necessidade de nutrientes
fundamentais, como ferro, ácido fólico, cálcio, vitaminas A e D, entre outros.
Para esse público específico, o
MS possui um Guia Alimentar para Gestantes. A alimentação saudável
na gestação favorece o bom desenvolvimento fetal, a saúde e o bem-estar da
mulher, além de prevenir o surgimento de agravos, como diabetes gestacional,
hipertensão e ganho de peso excessivo.
Entre outras recomendações, o
material afirma que uma alimentação mais saudável ajuda a evitar sintomas como
náuseas, vômitos e tonturas, azia, plenitude gástrica, constipação intestinal,
fraqueza, desmaios, entre outros.
Para tanto basta modificar a
consistência dos alimentos, ingerindo opções mais macias e pastosas, não
consumir líquidos durante as refeições, evitar o consumo de alimentos
gordurosos, doces, picantes e com cheiros fortes e não deitar após as refeições
também são hábitos que podem ajudar a aliviar esses sintomas.
É importante buscar uma
orientação alimentar adequada, com o auxílio de um profissional de saúde e que
considere fatores como vulnerabilidade social e renda, rede de apoio, idade e
condições de trabalho de cada gestante.
Agência Brasil
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