O Movimento Cultural Ganga Zumba e outras entidades ligadas ao Movimento Negro em Cataguases, Além Paraíba, Leopoldina e Juiz de Fora, promoveram neste sábado (19), uma roda de diálogos e apresentações culturais de matizes africanas, que teve como principal foco a conscientização da importância do preto na sociedade, na luta contra o racismo.
Sob a mediação da presidente do Movimento
Cultural Ganga Zumba, Rita Bento, o evento teve início às 14 hs., no Centro
Cultural Humberto Mauro, na Rua Coronel Vieira, no centro de Cataguases, e
contou também com a participação das professoras cataguasenses Conceição
Santos, Fernanda Carla Corrêa de Oliveira, e do professor de História Geraldeli
da Costa Rofino, de Juiz de Fora, dos
leopoldinenses, o professor de capoeira
Mestre José Dimas de Souza, da Terapeuta Holística, Maria Helena, e dona
Constância Maria de Jesus, de 97 anos.
Durante o encontro ocorreram as apresentações de grupos culturais formados por jovens e adolescentes negros de Além Paraíba, Cataguases e Leopoldina.
Para a professora da rede municipal de ensino de Cataguases, Fernanda Carla Corrêa, o dia 20 de novembro no Brasil serve para denunciar que ainda não somos evoluídos o suficiente para vivermos o ano inteiro e ter que lembrar que o racismo é crime e que o racismo mata.“É muito fácil dizer que não
existe o racismo quando você não tem que vivê-lo na pele diariamente. É muito
fácil falar que não existe racismo quando você não tem que andar com a nota
fiscal do seu celular no bolso para provar que você não roubou. “Eu sou uma das
pessoas que defendo o dia 20 de novembro, enquanto a sociedade brasileira não
enxergar a pessoa preta como gente”, disse a educadora.
“Hoje, nós temos o 20 de novembro
como o dia do ano para repercutirmos o racimo. Mas é preciso combater o racismo
todos os dias. Todos os dias temos denuncias de racismo contra os jovens,
homens e mulheres negras no Brasil. Viva o dia 20 de novembro! Vamos combater o
racismo todos os dia”, disse Geraldeli.
Importância do Dia da Consciência
Negra
A importância da data está no
reconhecimento dos descendentes africanos na constituição e na construção da
sociedade brasileira.
Como surgiu o Dia da Consciência
Negra?
Durante o governo Lula (2003-2010), a Lei nº 10.639 de 9 de janeiro de 2003, determinava a inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo escolar.
Nesse mesmo documento, ficou estabelecido que as escolas iriam comemorar a consciência negra:
“Art. 79-B. O calendário escolar
incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.”
No entanto, foi somente no governo de Dilma Rousseff e através da Lei nº 12.519 de 10 de novembro de 2011, que essa data foi oficializada.
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