O Ministério da Saúde prevê a compra de 220 milhões de doses
de vacinas contra a Covid-19 para a campanha de imunização de 2022. O
investimento estimado é de R$ 11 bilhões.
Há ainda previsão de sobra de 134 milhões de doses de 2021.
Ao todo, portanto, o plano envolve 354 milhões de doses, mas a pasta estima que
serão necessários 340 milhões de vacinas –ou seja, há uma margem de 14 milhões–
no próximo ano para ampliar a dose de reforço para toda a população.
O governo priorizou os imunizantes da Pfizer e da
AstraZeneca para o próximo ano. Segundo a pasta, os contratos para a aquisição
de vacinas estão em fase final de celebração.
O contrato com a farmacêutica Pfizer prevê a entrega de 100
milhões de doses ao longo de 2022, com opção de compra de mais 50 milhões.
Um segundo contrato prevê também a aquisição de 120 milhões
de vacinas AstraZeneca da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), com opção de compra
de outros 60 milhões de doses.
O Ministério da Saúde pediu à equipe do ministro Paulo
Guedes (Economia) o aumento de R$ 1,4 bilhão no orçamento de 2021 para garantir
a compra de 100 milhões de vacinas da Pfizer para a campanha de 2022.
O recurso extra, que deve ficar dentro do teto de gastos
–regra que limita o aumento das despesas públicas–, seria usado para pagar
antecipadamente 20% do contrato de R$ 7 bilhões com a Pfizer, uma imposição da
farmacêutica na negociação pelas doses.
A Pfizer disse, em nota, que não comenta detalhes das
negociações que mantém com o governo. Também procurada, a Fiocruz não havia
respondido até a conclusão desta reportagem.
Mesmo com os recursos pendentes, a pasta não fez alteração
nos planos de compras para a imunização contra a Covid no próximo ano, anunciados
desde o dia 8 de novembro.
A previsão é distribuir apenas uma dose de reforço no público de 12 a 59 anos de idade, e uma dose por semestre para a população com mais de 60 anos de idade e imunossuprimidos.
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