quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Brasil precisa comprar mais 220 milhões de doses para garantir vacinação em 2022

 


O Ministério da Saúde prevê a compra de 220 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para a campanha de imunização de 2022. O investimento estimado é de R$ 11 bilhões.

 

Há ainda previsão de sobra de 134 milhões de doses de 2021. Ao todo, portanto, o plano envolve 354 milhões de doses, mas a pasta estima que serão necessários 340 milhões de vacinas –ou seja, há uma margem de 14 milhões– no próximo ano para ampliar a dose de reforço para toda a população.

 

O governo priorizou os imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca para o próximo ano. Segundo a pasta, os contratos para a aquisição de vacinas estão em fase final de celebração.

 

O contrato com a farmacêutica Pfizer prevê a entrega de 100 milhões de doses ao longo de 2022, com opção de compra de mais 50 milhões.

 

Um segundo contrato prevê também a aquisição de 120 milhões de vacinas AstraZeneca da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), com opção de compra de outros 60 milhões de doses.

 

O Ministério da Saúde pediu à equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) o aumento de R$ 1,4 bilhão no orçamento de 2021 para garantir a compra de 100 milhões de vacinas da Pfizer para a campanha de 2022.

 

O recurso extra, que deve ficar dentro do teto de gastos –regra que limita o aumento das despesas públicas–, seria usado para pagar antecipadamente 20% do contrato de R$ 7 bilhões com a Pfizer, uma imposição da farmacêutica na negociação pelas doses.

 

A Pfizer disse, em nota, que não comenta detalhes das negociações que mantém com o governo. Também procurada, a Fiocruz não havia respondido até a conclusão desta reportagem.

Mesmo com os recursos pendentes, a pasta não fez alteração nos planos de compras para a imunização contra a Covid no próximo ano, anunciados desde o dia 8 de novembro.

 

A previsão é distribuir apenas uma dose de reforço no público de 12 a 59 anos de idade, e uma dose por semestre para a população com mais de 60 anos de idade e imunossuprimidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário