terça-feira, 16 de agosto de 2022

Estado de greve: fisioterapeutas em Cataguases decidem intensificar mobilização para garantia de seus direitos

Em assembleia extraordinária convocada pelo Sindicato dos servidores públicos – Sinserpu, os servidores fisioterapeutas da Secretaria Municipal de Saúde de Cataguases, decidiram iniciar  em 03/08 por um estado de greve, que intensificará a mobilização da categoria para a garantia de seus direitos. Também esta marcada para acontecer amanhã, quarta-feira, 17/08, uma nova reunião da categoria com o sindicato para definirem se a mobilização irá avançar para paralisação total.

De acordo com a nota publica pelo SINSEPU, a paralização se dá em razão da defasagem no salário dos fisioterapeutas, que atualmente percebem remuneração de R$ 1.941,47 (hum mil novecentos e quarenta e um reais e quarenta e sete centavos) para jornada de 30 horas.

Em comparação aos demais municípios da região, Cataguases tem menor salário, levando-se em consideração o salário-base sem benefícios e progressões:

Astolfo Dutra: R$ 1.709, para jornada de 20h;

Dona Euzébia: R$ 2.119,47, para jornada de 20h e R$ 3.179,18 para jornada de 30 h;

Santana de Cataguases: 1.727,40 para jornada de 20 h;

Itamarati de Minas: R$ 2.101,65 para jornada de 16h.

Em  nota o sindicato informa que  categoria tentou por diversas vezes diálogo com a administração municipal, no entanto, não houve êxito.

O que os fisioterapeutas estão reivindicando:

Recomposição salarial, haja vista serem profissionais de nível superior, até mesmo com especialização, e percebendo remuneração inferior a outros profissionais de nível superior;

Alteração do jornada de trabalho, o que já ocorreu com outros profissionais de nível superior do município;

Recebimento do adicional de PSF, gratificação esta que é paga médicos, enfermeiros, e dentistas que atuam na Estratégia Saúde da Família, conforme lei federal, os fisioterapeutas fazem parte da equipe;

Melhores condições de trabalho, visto que os profissionais utilizam veículo próprio para realizar atendimento domiciliar de pacientes acamados, por exemplo, até mesmo fazendo uso de equipamento e materiais próprios para executar suas atividades, sem contraprestação do município;

Regularização do cadastro de profissionais junto ao CNES, pois já foi solicitado ao município que se comprometeu em regularizar e não o fez até a presente data.

Diante disto, o presidente do Sinserpu, Carlos Silvério da Silva Oliveira, disse que  a categoria permanece em Estado de Greve, com possibilidade de paralização geral, contando com o apoio e compreensão da população, pois todo trabalhador merece ser respeitado e valorizado e com os servidores municipais não é diferente.

 

 

 

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