O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda
(BEm) não deve ser prorrogado, segundo o secretário especial de Previdência e
Trabalho, do Ministério da Economia, Bruno Bianco. O programa, que está na sua
segunda versão, lançada em abril deste ano, é uma das medidas de enfrentamento
à crise gerada pela pandemia de covid-19.
“Eu não vejo, o governo não vê, necessidade de prorrogação”,
disse, hoje (1º), em Brasília, o secretário. “Se necessário, levaremos esta
necessidade ao ministro [Paulo Guedes] e também ao presidente da República
[Jair Bolsonaro], mas tudo indica que, com o casamento entre uma política muito
bem-sucedida de vacinação e a retomada [econômica] que estamos vendo e as novas
políticas que virão no pós-pandemia, temos tudo para dizer que o BEm não será
prorrogado, não nestes moldes”, acrescentou Bianco.
Segundo ele, o total de pedidos do auxílio financeiro pago
aos trabalhadores da iniciativa privada com vínculo formal que acordam com seus
empregadores uma redução proporcional entre jornada de trabalho e salários, ou
a suspensão temporária do contrato empregatício, vem diminuindo. O que, para
Bianco, sinaliza que o governo pode priorizar outras maneiras de estímulo à
preservação dos empregos.
Garantia provisória de emprego
“Estamos trabalhando de maneira efetiva [na formulação de]
políticas ativas de emprego, com [foco em] um público mais vulnerável, que são
os jovens, na qualificação no trabalho e com políticas que evitem demissões e
privilegiam a todos que ajudam a não demitir”, acrescentou o secretário.
De acordo com dados do ministério, desde abril, quando o BEm
foi relançado, até o último dia 26, 2.386.284 trabalhadores obtiveram a
garantia provisória de emprego mediante acordo. Algo em torno de R$ 1,7 bilhão
em recursos federais foram efetivamente pagos neste período.
Cerca de 58% dos 2.666.161 acordos firmados preveem a
suspensão temporária dos contratos de trabalho. Os demais estabelecem reduções
de jornada e salário de 70% (689.580), 50% (502.822) e 25% (350.097).
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